Átila Abreu luta contra os próprios fantasmas e lidera treinos livres desta sexta-feira em Londrina

Com temperatura suficiente para fazer o deserto do Saara parecer um congelador, Londrina começou a receber de braços abertos, nesta sexta-feira (04), a 4ª etapa da Stock Car, no Autódromo internacional Ayrton Senna. Átila Abreu, da TMG/Shell, tentando virar a maré de azar que o assombra desde o começo do campeonato, foi o mais rápido de toda a sexta-feira, seguido de perto por Felipe Fraga e Lucas Foresti.

Max Wilson e o curitibano Julio Campos completaram os cinco mais rápidos. Entre os demais paranaenses, Ricardo Zonta ficou com a 10ª posição e Gabriel Casagrande com a 13ª.

Confira como foram as atividades nessa sexta-feira!

(Foto: Pedro Giulliano) Jimenez, da equipe curitibana Squadra GForce, não figurava no top 10 desde 2016. Hoje voou baixo tendo a linda Londrina como pano de fundo.

Com atividade leve, focada apenas no acerto dos monstros, a programação teve apenas dois treinos livres: Um pela manhã, que serviu para reconhecimento e análise das condições de pista, e outro pela tarde, em que os ajustes mais próximos para a classificação foram testados.

Pela manhã, com a pista mais suja e temperatura mais baixa, quem olhasse para a tabela de tempos faria o famoso movimento que só é visto nos desenhos, aquele de olhar duas vezes e coçar os olhos. Sergio Jimenez, da equipe curitibana Squadra GForce, que não sabia o que era ficar entre os 5 primeiros desde 2016, voou baixo durante todo o treino e foi o tempo a ser seguido, sendo alcançado apenas no final pelo pulverizador em forma de piloto do dia, Átila Abreu.

“Ficamos apenas a 0.060 do primeiro colocado pela manhã, e ainda figuramos no top 10 no treino da tarde. Essa é a prova de que o carro vem evoluindo a cada etapa. Tínhamos um problema com velocidade na reta desde Curitiba, e achamos esse problema”, comenta o piloto.

Indagado sobre a expectativa para o classificatório de amanhã, Jimenez fora comedido, ao mesmo tempo em que foi confiante, ao afirmar que espera avançar para as fases finais da classificação. “Avançar para o Q2 já é realizável, e um Q3 [última parte do treino que coloca os seis melhores para definir quem fica com a pole] é bem possível. A dica é ficar entre os 10 primeiros, depois se estabelecer entre os seis melhores, para aí sim cair matando na parte final”, diz.

(Foto: Pedro Giulliano) Felipe Fraga vive ótima fase e vê evolução no seu carro.

Outro cara que merece destaque é Felipe Fraga, que mesmo com pista suja, pista limpa, muito calor, pouco calor, de manhã, de tarde, e até de noite se deixar, manteve o mesmo ritmo durante todo o tempo, ficando sempre entre os cinco primeiros.

Mesmo afirmando que os treinos de sexta não valem nada, pois, segundo sua visão, servem apenas como indicativo para o que vem no sábado, Fraga demonstra ânimo com a criança. “Estamos numa fase ótima, e o carro vem numa crescente muito boa. Londrina é uma pista que eu adoro. Nos últimos dois anos eu conquistei aqui uma vitória e um quarto lugar, sempre largando entre os três primeiros. Então a expectativa é boa”, ressalta.

(Foto: Pedro Giulliano) Átila espera que o azar dê espaço para a sorte em seu carro nessa corrida de Londrina.

JOGO É JOGO, TREINO É TREINO

Mas não teve jeito. Tanto pela manhã quanto pela tarde, Átila Abreu não deu nem chance para os demais e virou um temporal nos dois treinos.

Entretanto, o sorocabano vem enfrentando ondas de azar desde o início do campeonato. “Venho de três problemas, nas últimas três etapas, que me tiraram muitas possibilidades esse ano, todos eles com o meu câmbio. Meu carro é bom e hoje foi um exemplo disso”, disse.

Apesar dos percalços, talento e braço Átila já provou que têm, principalmente ao se consolidar como o maior escalador de grid do campeonato até então, tendo como ápice a corrida passada, no Velopark, em que ele saiu da penúltima colocação para terminar em quarto. “Velocidade meu carro tem, a prova disso é o fato do Ricardo [Zonta, companheiro de equipe e 5º colocado na classificação geral] estar andando muito bem e de forma regular no campeonato”, comenta.

Precavido, quem sabe até preparado para caso o azar venha o visitar novamente, o sorocabano apelou para o futebol em suas palavras, ao adotar a filosofia de que o treino é treino, jogo é jogo. “Claro que hoje não quer dizer nada, pois o que conta mesmo é amanhã, na classificação. O carro rendeu bem tanto com pneu velho quanto com pneu novo, então estou preparado para o que vier, e tomara que a maré mude”, finaliza.

Neste sábado, todos retornam a pista para o último treino livre, às 09h40 da manhã.

A classificação, que define o grid de largada para domingo, começa logo após o almoço, ás 13h.

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