Ponta Grossa e Guarapuava recebem Balé Teatro Guaíra com “V.I.C.A.” e “Piá”

A companhia de dança Balé Teatro Guaíra será protagonista de um grande movimento de democratização das artes no mês de maio. Para quem nunca acompanhou um espetáculo do grupo, esta é a chance de assistir a duas coreografias do repertório, em diversas cidades do Paraná, como parte da programação especial da 14ª edição da Mostra Paranaense de Dança, em dois espetáculos: “Piá”, de Alex Soares e “V.I.C.A., de Liliane de Grammont”.

“A importância do Balé Teatro Guaíra percorrer os municípios é a troca, o intercâmbio cultural entre as diferentes regiões, e ainda despertar o interesse pela arte e a cultura entre todas as idades”, comemora o diretor artístico do Centro Cultural Teatro Guaíra, Áldice Lopes.

A primeira cidade a receber a companhia é Ponta Grossa, dia 5 de maio. De tarde, cerca de 300 crianças da rede pública de ensino poderão assistir a um ensaio didático com o Balé, no Cine Teatro Ópera. Na apresentação da noite, gratuita e aberta ao público em geral, também haverá acessibilidade, com libras e audiodescrição. Depois, nos dias 6 e 7, os grupos locais de Ponta Grossa e região se apresentam durante as seletivas da Mostra.

Foto: Maringas Maciel

Na sequência será a vez de Guarapuava (dia 7) receber o Balé no Teatro Municipal, e depois Campo Mourão (dia 12, mais seletivas); Foz do Iguaçu (dia 14); Toledo (dia 19, mais seletivas); Dois Vizinhos (21); Apucarana (dia 26, mais seletivas) e Arapongas (dia 28). Todas estas, também ofertadas gratuitamente.

Mostra promove o valor da dança em cidades paranaenses

As apresentações e as seletivas chegam a diversas cidades do estado carregadas de simbolismo, afinal, representam a volta da dança aos palcos, após o tempo de reclusão durante a pandemia. “Para os jovens bailarinos, escolas e academias de dança, o retorno da Mostra Paranaense de Dança, que reúne as mais diversas linguagens da dança, em formato presencial, é a grande notícia”, comemora Simone Bönisch, coordenadora da Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra (ABABTG), entidade que organiza o evento. “Chegamos à 14ª edição muito felizes e com grande responsabilidade. Queremos celebrar a dança do Paraná e de estados vizinhos com todas as nossas forças”, avisa.

A última edição presencial da Mostra foi realizada em 2019, e, em 2021 houve um evento em formato on-line. “As seletivas para a Mostra Paranaense de Dança 2023, acontecem no formato de espetáculos a serem prestigiados pelo público, com a presença de uma banca de avaliadores, que vai selecionar os trabalhos que farão parte da mostra final, que para a maioria dos bailarinos, é a realização de um sonho”, destaca Simone. O gran finale desta edição, que já é histórica, será dos dias 9 a 11 de junho, quando os selecionados são convidados ao palco do Guairão.

O projeto – Realizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, tendo como instituição beneficiada o Hospital Pequeno Príncipe, a Mostra tem o apoio das prefeituras de Ponta Grossa, Guarapuava, Campo Mourão, Foz do Iguaçu, Toledo, Dois Vizinhos, Apucarana e Arapongas, Parque Tecnológico Itaipu, Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba, PalcoParaná, Centro Cultural Teatro Guaíra, Secretaria de Estado da Cultura e Governo do Paraná; o patrocínio das empresas Camagril, Nórdica Veículos, Grupo Pegoraro,  Plast & Pack, Pavi Serviços Ambientais, Fuga Couros, Stampa Food, Aços Continente, , ACSO, Ferragens Negrão, Transportes Treméa e Londrisaúde; e a realização da Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra, Ministério da Cultura e Governo Federal – Brasil, união e reconstrução.

Sobre os espetáculos – “V.I.C.A” – O acrônimo que dá título à peça do Balé Teatro Guaíra – V.I.C.A. – significa Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade, características do mundo pós-moderno e exacerbadas com a pandemia de Covid-19. Como viver nesse contexto? “V.I.C.A.” nos faz questionar o que queremos daqui para frente e nos propõe refletir sobre a humanidade no tempo presente. Em meio a um mundo confuso, saído de uma pandemia, a coreógrafa Lili de Grammont e o Balé Teatro Guaíra nos revelam que a Arte pode ser uma estratégia porque nos conecta de uma maneira única.

“PIÁ”  Um dos traços que mais define o brasileiro é a mestiçagem. Brasileiros podem ter qualquer aparência, podem pertencer a qualquer etnia e, com frequência, são confundidos com outras nacionalidades quando estão no exterior. Piá, por definição são os filhos de etnia indígena ou mestiços de brancos com índios, mas só em Curitiba as pessoas chamam-se carinhosamente, umas às outras, de “piá”. Nenhuma outra cidade do Brasil adotou o termo, que não se trata de uma gíria. De origem tupi-guarani, “piá” era a forma utilizada pelas mães indígenas para chamar carinhosamente seus filhos e filhas e significa “coração”. “Piá”, de Alex Soares abre caminhos para a percepção de uma identidade mestiça carregada de afeto, no melhor sentido do tão sonhado Brasil, que se une e se define a partir das diferenças.

Serviço da Mostra Paranaense de Dança 2023

Espetáculo com as coreografias “V.I.C.A. / Piá” – com o Balé Teatro Guaíra.

Ponta Grossa, dia 5 de maio às 20h no Cine Teatro Ópera (R. Quinze de Novembro, 468) Entrada franca – convites antecipados a partir das 19h

Guarapuava, dia 7 de maio, às 18h, no Teatro Municipal Marina Karam Primak (R. Padre Chagas, 3.151) Entrada franca – convites antecipados a partir das 17h

Espetáculos dos grupos inscritos na Seletiva Ponta Grossa

Dia 6 de maio às 20h e dia 7 de maio às 18h – Cine Teatro Ópera. Ingressos: R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada).

Sobre a ABABTG – A Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra foi fundada em 2007, na cidade de Curitiba. Na época denominada Associação de Bailarinos e Apoiadores do Balé Teatro Guaíra, surgiu com o propósito de fortalecer a dança e demais artes motivando uma ligação sinérgica entre os setores público e privado. Durante esse período foram realizados diversos projetos culturais, com repercussão local, nacional e internacional, que promoveram ações de formação, atualização, divulgação, fomento e democratização das artes em suas diversas linguagens. A atual nomenclatura foi assumida recentemente, para adaptar-se aos novos níveis de atividades operacionais e aos novos mercados de atuação da ABABTG.

ColaboradorHelena Carnieri

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